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A Queda De Sophia

by Yaldabaoth

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1.
2.
O Pleroma 14:33
Yaldabaoth - O Pleroma Não existia nem o tempo, nem o espaço, tampouco mundo, matéria ou terra. O caos não havia se formado, as águas geladas ainda não tinham jorrado para fora do abismo. Fluíam no vazio, por toda a eternidade, os sete perpétuos, os sete seres celestes, os sete primeiros Aeons. O Primeiro era Monade, o Uno, Bythus, o profundo, o pai severo e inefável, Aiōn Teleos, o absoluto e perfeito, Proarchē, surgido antes do princípio, Hē Archē, o ponto inicial de tudo o que existe. Em silêncio, contemplou Ennoia, a Idéia, o reflexo feminino de si mesmo, por eras sem fim, e viu que a dualidade era boa Dele emanou o segundo Aeon, Duad, Irmão e Irmã, nasceram juntos. Nous, a mente, e sua Sizígia Alethea, a Verdade. O primeiro par, a primeira polaridade. Formavam com Bythus o triângulo que tudo vê, a potencialidade do espírito. A Duad emanou o terceiro aeon, Tetraktys, Quaternária, dois pares. O Logos e Antrôpos, a palavra e o Homem, machos eram, Zoe e Ekklesia, a vida e a assembleia, suas sizígias os completam. Ligados, o quadrado sólido, formavam a potencialidade da matéria. Os sete perpétuos, os sete primeiros Aeons. Entidades poderosas eram, controlavam o plano ideal do espírito e muitas criações engendraram. Cada filho, cada emanação, porém, decaiam em sua divindade, mais materiais e mais imperfeitos se tornavam. A Tetraktys lançou mais dois Aeons, dez perpétuos menores surgiram de Logos e Zoe: Bythios, Ageratos, Autophuês, Akinêtos e Monogênes eram machos e as sizígias Mixis, Henosis, Hêdonê, Synkrasis e Makária. Formavam os dois grandes pentagramas, apontando para cima e para baixo, o Decágono estrelado, sagrado e profano. Outros doze emanaram de Antrôpos e Ekklesia: Parakletos, Patrikos, Mêtrikos, Ainos, Ekklêsiastikos e Thelêtos e as sizígias Pistis, Elpis, Agapê, Synesis, Makariotes e Sophia. Formavam dois hexagramas, o Dodecágono total, compondo a mais baixa ordem espiritual, os mais distantes do ser primeiro. Todos juntos formavam o todo, a plenitude, O Ser supremo, autogerado, mãe e pai de si próprio, o Criador dos Deuses e Tronos, Anjos e Arcanjos, Querubins e Serafins, Potestades e Demônios, Duques e Marqueses, Mensageiros e Espíritos, Homens e Mulheres. Geometria perfeita, abstração pura, luz que queima e consome, cujas centelhas deram início a todo o movimento da criação.
3.
Yaldabaoth - I Apokálypsi Barbelo (A Revelação de Barbelo) Após ter-se completado a natureza dos imortais, a partir da natureza do infinito, seu conjunto, o Pleroma, geometria perfeita e ideal iniciou seu movimento fatal. Na mente do primeiro Aeon, Monade, o ponto inicial e profundo, Ennoia se impunha, queria separar-se, dividir a unidade. E, esquizofrênico, o ProArche tornou. Uma visão dividida e contraditória, mas estranhamente complementar. Ennoia desejava ser a contraparte real, Senhora de seu próprio domínio. Não ideal, mas decaído e material, a Mãe suprema de suas criações, tal qual Monade foi pai dos sete Aeons, apenas por ela inspirado. Para tal intento, uma forma física necessitava, completando assim o desejo secreto de Monade, não apenas o de ter uma sizígia, uma consorte, mas fazer a sua própria unidade uma pluralidade. Em seu plano diabólico, Ennoia, a Sophia seduziu, o menor e mais material de todos os Aeons, a aresta mais baixa do dodecágono final, a última criada, a mais distante de Monade. Sabedoria, porém, era seu nome secreto, nela ocultava-se o conhecimento certo... ...Para a criação da matéria, da luz e da sombra, a chave para a criação do mundo real, do universo, do tempo e do espaço. Ennoia em Sophia infundiu o desejo de recriar, próxima de si, o primeiro ser Monade, o pai inefável, para ela tão distante, pois a vontade de Sophia era ascender novamente à unidade original. A saudade da energia primordial fez que Sophia criasse diante de si uma magnífica imagem celestial de incompreensível grandeza. Para imagem final, não havia referencial para o novo pai artificial, que sua própria semelhança. A forma foi criada fêmea, e logo possuída por Ennoia, que se transmigrou de Monade instalando uma grande convulsão. A luz surgiu em magnifica profusão em toda a extensão do novo Aeon, localizado em lugar intermediário, entre o plano celeste imortal do Pleroma e o vazio onde cresceriam as criações da nova mãe cósmica Barbelo.
4.
5.
O Abismo 09:09
Yaldabaoth - O Abismo Assim brilhou a primeira luz no espaço vazio diante do pleroma indiferente, em seu etéreo desprezo por toda a contradição. Menos Sophia, que olhava alarmada a chama que criou. Não pela beleza daquela que chamava a si própria de Barbelo, mas pela crescente sombra que inundava todas as direções. Projetada pela luz intermitente e lentamente a abraçando com um denso véu de escuridão. Como uma pedra arremessada no lago calmo, a luz fazia o vazio se sacudir em ondas de trevas. Nos recantos do espaço profundo, uma tempestade rugia, o Caos conflituoso e violento emergia. Sophia virou as costas para sua filha-mãe Barbelo, atraída pelo abismo que se abria, também por ela criado, parte da mesma obra. Medo e vergonha tomaram Sophia, não era possível que tivesse criado tal abominação. Barbelo decidiu lhe falar pela primeira e última vez: “O Segredo de Monade está no fundo da escuridão. Não tenha receio, minha mãe-filha”. Sophia sorriu para si mesma, tomou coragem, saiu de perto de Barbelo e se jogou no Abismo, mergulhando nas águas geladas do Caos. No escuro completo, sentiu sua presença se apagando, sua consciência se diluindo, seu ser se extinguindo, seu corpo se dissolvendo, sua vontade se quebrando. Medo, lágrimas e ranger de dentes, o gosto da morte na boca. Com a ira de ser traída e sacrificada pelo Pleroma, Sophia gritou, com ódio e vontade de a tudo dominar: "YALDABAOTH!!!" ...E a tempestade cessou.

about

YALDABAOTH

Discovered in 1945 in Egypt, a series of thousand years scrolls that had shook Christianity foundations. Baptized with Nag Hammadi name – one of the cities near to the archaeological site – the library was buried in a clay jar for more than 1500 years, it has been protected by time destructive effects. Its compilers, scribe monks persecuted like heretics by Nicea council, have hidden their precious knowledge fountain, waiting for better days.

After a long gap, the scrolls had been read and reinterpreted to the world domain religion’s fear. This project had been inspired by Codex II, Scroll VI, titled “The Creation of the World and Yaldabaoth Demiurge”. Part of a larger apocryphal gospel, without stick around to none specific system. Written in Alexandria in the end of 3rd Century AD, or in the beginning of the 4th, the text is endowed with a deep Hellenistic syncretism: Jewish thought, Persian Manichaean motifs, Christian ideas, Greco-Roman philosophical and mythological concepts, Egyptian magical and astrological themes.

The Codex deals to Chaos origin, thought while shadow or outward of something pre-existing: “The Pleroma”, or fullness and perfection ideal. In this sense, it takes the form of a detailed report that describes the emergence of the perpetual androgynous who created everything, the fall of Sophia aeon, the creation of Yaldabaoth demiurge, the formation of Chaos celestial hierarchies, the eighth heaven, the creation of Adam and Eve. The reading of the scroll opens a strange and complex path of a new-old Genesis, pervaded by a plurality of deities and entities struggling for Chaos control or its simple spontaneous creation.

Yaldabaoth Project (with reference to the describe legend’s demiurge) proposed to express musically the Codex history. We should highlight we are engaged in the subversion and we won’t limit ourselves, under no circumstances, to only describe the scroll. The main idea is to bring the Left-Hand Path hermeneutics to the interpretations of the primitive Christianity books, lighting the theme up with a luciferin aura. In other words, changes in the theme, history, protagonists and the heading of the narrative described in the apocryphal as a whole should be expected.

credits

released February 1, 2018

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about

Yaldabaoth Assis, Brazil

XXIII.IV.IV - Lyrics and philosophy.
XII.XIX.XII - All instruments and vocals.

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