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Remphan

by Yaldabaoth

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1.
Aleph 02:23
2.
Se o mundo é profano e o que torna sacro é dele se separar, a natureza não é obra de Deus, mas das legiões de demônios. Não por que seja imperfeita, sombria, cruel ou maligna, mas por ser antes de tudo cooperação e trabalho coletivo. Não foi uma só voz que gritou para o céu se separar da terra, mas um coro festivo de vozes dissonantes ensaiando juntas. A harmonia é apenas a ilusão de ver no caos algum sentido. A Goétia pouco depois de surgir dedicou-se à criação por prazer no fluída limiar que separava a Árvore da Vida e da Morte. Indiferente a Yaldabaoth e seus protestos de que era rei daquele lugar. Apenas diziam, “ninguém é de ninguém e façam o que quiseres”, essa é a lei. Colocaram a mão na lama primordial e beberam a água fria do Abismo, comeram os frutos da Sephiroth e as raízes da Qliphoth, tomaram posse daquilo que lhes satisfazia o estômago e a fantasia. Separaram o céu da terra porque acharam que assim ficaria melhor. Colocando, não sem bagunça e briga, um firmamento entre eles: Se a luz se acendeu foi porque ali na Goétia brilhava Sophia, a Sabedoria tornava-se ação orientada para recriar infinitamente. O propósito de Monade se realizava nos aeons mais materiais, mas também a luz se apagava, marcando recesso da escuridão, pois mesmo os demônios precisavam dormir e sonhar. Cansados de estar sempre molhados, a Goétia criou os rios e mares. Formando a terra seca para os sabás e orgias de amor coletivo. Das sementes derramadas, as plantas e árvores nasceram para marcar suas intermináveis festas e comemorações. Uns fizeram a Lua para marcar o reino das trevas e o Sol o da luz. Debochando uns dos outros, fizeram réplicas de seus desafetos: as feras das águas, do ar e da terra que se sucediam na cadeia alimentar. Mas a melhor ideia veio quando Yaldabaoth cobrou da criatividade coletiva uma autorização para existir, que apenas a serpente leonina podia dar. Primeiro a nascer, dizia-se senhor de tudo o que havia e não havia. “Criador da Goétia, senhor das árvores da vida e da morte”, porque uma voz havia dito isso para ele quando surgiu. Não criava nada, nem se dava ao trabalho de fazer algo importante, mas se apropriava mesmo assim, não por prazer, mas por inveja. A Goétia decidiu em Yaldabaoth pregar uma peça para humildade ensinar. Fazer uma criatura para dele zombar, à sua imagem e semelhança, mas com melhor humor, aberto aos prazeres, criativo e livre. Sua força seria a mesma da Goétia: formar legiões e o mundo mudar conforme sua vontade e seu capricho, por meio do trabalho e do sexo. Essa tarefa exigiria organização e divisão das atividades entre os demônios. A maior de todas as obras foi planejada e desenhada num grande sabá.
3.
No começo do grande sabá, a Goétia toda compareceu. Escolheram uma região entre quatro rios chamada Éden. Não foram até lá apreciar sua criação, descansar e celebrar, mas continuar o processo iniciado por Monade na formação do Pleroma; trazido para o mundo da matéria com a queda de Sophia; o nascimento Árvore da Vida e da Morte com a coroação de Yaldabaoth e seu casamento com Pronoia. “Chegou à manhã do sétimo dia” - disseram eles. “Yaldabaoth se revolta contra nós, deseja em seu coração tudo possuir, ignora completamente o projeto de Monade. Não entende que os aeons são desapego, não sabe quem é a própria mãe, Sophia, não ama sua esposa-sizígia, Pronoia, e há inveja. “Nós emanamos de Pronoia e Yaldabaoth. Ele é nosso pai, mas nos odeia, não aceita que somos livres. Não quer permitir nossas criações, quer tirar nossa independência, fazer desse plano recém-nascido seu brinquedo, mas seguiremos nosso curso queira ele ou não! “Apanhemos nós essas duas serpentes que residem na Árvore da Vida e da Morte. A branca e fêmea que está enrolada no tronco em Malkuth. A negra e macho fez sua toca entre as raízes em Nahemo. Faremos com ambas uma nova criação, transformaremos sua carne e escamas, forjando-a com os cinco elementos, na forma do pentagrama. "Daremos a esta nova espécie o nome de humanos. Terão todos os nossos poderes, imagem e semelhança, serão sempre Legião porque serão muitos, serão fecundos e se multiplicarão. Mostraremos a Yaldabaoth que o superamos. Criamos este mundo e seus futuros deuses que um dia emanarão o próximo Aeon!”
4.
Lemegeton 13:48
No Éden, onde céus e terra se encontravam e os rios se juntavam, o primeiro casal humano andava pelo jardim das delícias, feitos da carne e das escamas das serpentes, modelados com os cinco elementos como se barro fosse. A técnica e o conhecimento da Goétia combinada, emanara um novo Aeon para continuar a criação por meio destes que chamaram Adão e Eva. Lilith fizera nascer uma árvore e dela colheu um fruto, tornou-se a si mesma em cobra e a ofereceu a Eva. O fruto despertou o primeiro prazer sensual sobre a terra, o homem sucedeu à terra, a mulher sucedeu ao homem, a reprodução sucedeu ao casamento, a morte à reprodução. Os humanos seriam mais numerosos que todas as estrelas do céu, seus números superariam o poder singular de Yaldabaoth. A Goétia colocou todo seu saber na segunda árvore. Cada Príncipe, Duque, Marques, Conde e Pequeno Demônio. Uma por uma das legiões, todo o seu saber concentrou no fruto amargo do saber sobre a vida e o mundo, o ensinamento para a continuidade permanente da criação. Baal disse aos humanos, "comam o fruto do conhecimento de Sophia. Sabendo sobre o bem e o mal, cairão do Éden e começarão sua história." Yaldabaoth se manifestou e tomou o fruto da árvore antes de Adão. Ao devorá-lo, adquiriu ciência sobre a real natureza da Goétia. Manifestações abstratas, eram mais ideias do que carne. Geometria e matemática, símbolos e escrita. Ao serem desenhados corretamente, os sigilos os encerravam. Ao serem devidamente convocados, eram forçados a obedecer. Na noite do sétimo dia, toda a Goétia os joelhos dobrou. Yaldabaoth fez surgir um trono e nele se sentou. Ao som de sua voz de trovão, Pronoia compareceu, a mulher escarlate, o fruto da árvore também provou. E ambos descansaram, o controle sobre o mundo foi retomado no dia seguinte, usando a coleção dos sigilos que a Goétia aprisionou. Novas divindades obedientes seriam criadas e leis formuladas e os humanos e seus filhos convertidos numa raça de escravos.
5.
Yaldabaoth derrotou a Goétia. Colocou os demônios de joelhos, ordenou que construíssem 7 céus. Cada qual para seus novos arcontes andróginos, masculino e feminino, de onde vigiariam o mundo impondo a vontade do Demiurgo. O primeiro céu foi dado para Yao, a Autoridade; O segundo céu foi dado para Sabbaoth, a Divindade O terceiro céu foi dado para Adonaios, a Realeza O quarto céu foi dado para Eliaios, a Inveja O quinto céu foi para Horaios, a Riqueza O sexto céu foi para Astaphaios, a Sabedoria O sétimo céu foi para o próprio Yaldabaoth, a Criação. O acesso à árvore da vida e da morte foi proibido E para guardar as Sephiroth e as Qliphoth Foram criados falsos deuses, ídolos do pó e do barro Animados pelos poderes destas esferas. Regendo Malkuth e Nehemo, o pavão Adramelech Regendo Yesod e Gamaliel, o falo Nisroch Regendo Netzach e Harab Serapel, o galo Nergal Regendo Hod e Samael, a galinha Succoth Benoth Regendo Tiphereth e Tagaririm, o cavalo Anameleth Regendo Chesed e Gamchicoth, o bode Azima Regendo Gewurah e Galab, a pedra Marcolis Regendo Chochmah e Chaigidiel, o cão Nibas Regendo Binah e Satariel, o asno Thartae Regendo Kether e Thamiel, a estrela flamejante Remphan Para Remphan o demiurgo Yaldabaoth confiou servidores Criados à imagem e semelhança da Goétia Mas estes eram vazios de vontade e propósito Mensageiros veículos da hierarquia e da ordem Olhos, braços e pernas dos deuses e arcontes. Serafins, querubins, tronos, dominações, Virtudes, potestades, principados, arcanjos e anjos. Colocar a humanidade em grilhões Era a tarefa de Remphan e da hierarquia do demiurgo Pois estes eram seres que Yaldabaoth temia e desprezava. A Goétia tinha preparado para eles o caminho Enquanto criadores do próximo aeon. O mundo deveria perpetuamente adorar Yaldabaoth Em contemplação, inação e temor por toda a eternidade.

about

Remphan marks the break with ancient gnostic texts and the opening of a new narrative path, completely authorial. We decided to tell the history of a new creation made by demons – The Goetia – and stolen from them by a selfish god, the leonine serpent Yaldabaoth, through a little divine artifice.

We rewire the natural world with the diabolic one, exposing it as the fruit of spontaneous will and sensual pleasure of Daemons with ambiguous character, more similar to human being than christian mythology wants to make believe. Humans themselves were not made by clay, but the flesh and squama of the snakes. They were created by Goetia to confront Yaldabaoth in the future to come and proceed with the emanations of new aeons, occupying gods roles.

Yaldabaoth was enemy of Goetia’s plan and wanted to submit the current aeon to a state of permanent immobility, where it will be worshiped as a god for all the eternity by unwillingly puppets. Yaldabaoth finally became the antagonist and its triumph marked the beginning of a new cycle. It defeated Goetia, kept humans incomplete and devoid of all your potential powers, because it took possessions of them instead. It calls itself by sculptor of the world that just stole – “Demiurge”. Employed the enslaved demons to create new entities, gods, archons and messengers that will make everything and everyone your own will. Between the new gods is Remphan, the flaming star, chosen by Yaldabaoth as leader of the demiurgic order and most important server. Remphan’s mission is to submit human being to slavery. However, interest conflicts with Demiurge are inevitable.

credits

released February 1, 2020

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about

Yaldabaoth Assis, Brazil

XXIII.IV.IV - Lyrics and philosophy.
XII.XIX.XII - All instruments and vocals.

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